quarta-feira, 25 de junho de 2008

Experiências degustativas

Encontrei umas "raízes" que até há pouco me eram desconhecidas, e decidi comprar para experimentar. Pesquisei na net e encontrei mais informação sobre o Inhame. Percebi que é algo tipo "batata bombada", tendo o dobro da proteína, menos água e mais hidratos de carbono. Pesquisei um pouco mais e logo encontrei duas receitas, uma sobremesa e um puré.

Optei pelo puré... Ainda não comecei a pensar nas sobremesas.

O Prato:

Puré de Inhame, salada de alface frisada e canónigos e salteado de cogumelos.

500g Inhame
1/2 embalagem de cogumelo portobelo
1/2 embalagem de champignon
3 tomates médios maduros
1/2 cebola
200ml de bebida de soja
azeite q.b.
sal marinho natural q.b.
manjericão fresco q.b.
alface frisada
canónigos

O puré foi feito segundo a receita que encontrei, consistindo em cozer os inhames, descascá-los, desfazê-los e cozinhar mais um pouco com a bebida de soja e uma pitada de sal marinho. Mexi bem para que o inhame absorvesse a soja e passei com a varinha mágica para ganhar a consistência aveludada.

Numa frigideira à parte alourei a cebola picada com um pouco de azeite no fundo, descasquei os tomates e cortei-os de modo a fazer molho. Limpei os cogumelos debaixo de água corrente com escorredor (de modo a não absorverem qualquer água menos limpa) e cortei-os aos bocados. deixei cozinhar em lume brando com tampa, de modo a manter molho. No final cortei grosseiramente em ripas, algumas folhas de manjericão e juntei aos cogumelos.

Os canónigos e a alface foram apenas lavados e colocados na saladeira, sem tempero adicional.

Resultados:

Os cogumelos saíram óptimos, como seria de esperar, mas surpreendendo por não saírem de sabor alterado, mas sim complementado com o molho de tomate e manjericão. O puré de inhame é bastante nutritivo, pelo que as 500g dão para duas/três pessoas com fome.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Eu sou Tamarindo

Eu sou Tamarindo, não um tamarindo nem o tamarindo... apenas sou, numa expressão de um fruto.

Quebro a minha casca para perceber o doce e enérgico tamarindo que existe abaixo do que se via antes.

Percebo em mim o sabor e textura que sempre existiu e contemplo a existência.

Reconheço que até esta doce, macia e inebriante camada onde me realizo agora é tão efémera quanto os meus pensamentos, e que sempre há outra a descobrir.

Da casca surge o fruto, do fruto cai a semente, da semente brota a árvore que gera novos frutos, descerrando o ciclo infinito da existência.


in "Pensamentos de um Tamarindo", Várzea do Vinagre, 8 de Junho de 2008